Juntos, percorremos, nesta página virtual, vários momentos que nos alegraram ou
entristeceram. É assim a vida e continuará a ser. Triste e alegre. Alegre e triste.
Balanços de vida onde a esperança deverá ser a última a finalizar.
O saldo que se transfere para o ano que está a chegar, a muitos, é negativo.
O meu, confesso, é positivo: 2013 trouxe-me venturas que pensei nunca alcançar.
E, transmuto-as, para os anos vindouros enquanto em mim tiver um sopro de vida.
Carpe diem.
Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Porque tão longe ir pôr o que está perto –
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.
Odes de Ricardo Reis,
Vêem o que não vêem: outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.
Porque tão longe ir pôr o que está perto –
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este o momento, isto
É quem somos, e é tudo.
Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
o dia, porque és ele.
Odes de Ricardo Reis,
in "Obras Completas" de Fernando Pessoa,
Volume I, a págs. 291
Volume I, a págs. 291