(Clicar na foto para ver em tamanho natural)
Steve Winter |
Sorri minha alma no leve toque dos sentidos
que, como um rio, corre nas minhas veias,
em sensações arrebatadas pelo afago do vento
que na extensa planície meu olhar incendeia.
Sorri meu corpo na ternura do momento em que
se funde o pensamento na beleza que me rodeia.
No calor da pele abraçada pelo sol, a natureza
vibra, na cumplicidade do sentimento que me enleia.
Não temo o amor, nem a morte, se ambos
vierem devagarinho levando-me em sonhos
de carícias e a lua se esconder no meu olhar.
Sob as pétalas da noite desliza o orvalho
em cascata de rios como lágrimas de amor
que cantam melancolias na música da natureza.
Otília Martel
(Menina Marota)
in, Olhos de Vida, pág. 29,
8 comentários:
Um excelente soneto a casar com uma espantosa fotografia.
Fantástico post. Gostei mesmo muito do soneto cuja sensibilidade já depreendo de si.
Bjo
Sérgio
em forma de soneto, um trabalho muito bom.
a foto está bem "casada" com o poema.
um beijo
:)
Muito bonito este soneto! A alma e o corpo unidos num mesmo destino - amar livremente em harmonia com a natureza!
Beijinho e abraço
É urgente o amor
muito belo.
um soneto muito bem construído - que Florbela não desdenharia! -
beijo
E porque só agora vi o seu blog querida amiga?
Nada melhor: música que vai avançando ao som das cascatas da sua lindíssima poesia.
E não apetece ir embora...
Beijinho grande
da "Asa"
Manuela Barroso
"Não temo o amor, nem a morte,...", que reflexão tão sentida, tão "poética"... todo o este soneto envolve quem o lê...
Temos o livro sabes disso. Mas aqui a magia é diferente. A Ana pendurada aqui no meu ombro diz que é um dos poemas mais bonitos e olha que ela gosta de tudo o que escreves. Mas este soneto tem uma magia especial. Também gosto muito dele. Pena que no iBook não tenha sido recitado como foram outros. Gostávamos de o ouvir!!
Beijokas nossas
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