quarta-feira, dezembro 30, 2020
2021 - ESPERANÇA
quarta-feira, dezembro 23, 2020
Prelúdio de Natal
pela cúmplice neblina
que vinha perfumada
de lenha e tangerinas
Só depois se rasgava
a primeira cortina
E dispersa e dourada
no palco das vitrinas
a festa começava
entre odor a resina
e gosto a noz-moscada
e vozes femininas
A cidade ficava
sob a luz vespertina
pelas montras cercada
de paisagens alpinas
sexta-feira, dezembro 11, 2020
PORQUE É NATAL
É Natal
diz-me o coração.
E nestes dias de frio
Natal é aconchego
amor, fraternidade
solidariedade.
Até quando é Natal?
Nos meus olhos
interrogam-se dúvidas.
O coração vibrante de quente
esquece por momentos
fomes dolorosas
batalhas perdidas
amigos ausentes
palavras amargas
crianças feridas.
Por momentos tudo é perfeito.
As luzes brilham numa música suave.
Ao longe, faz-se ouvir o cristalino riso
de uma criança que desconhece o fel da vida.
Riso que entoa,
e cruzando o frio de neve,
derrete-a.
Por momentos, só por momentos,
o olhar do Menino Jesus sorri,
deitado nas palhinhas olhando a Virgem Mãe,
que, ternamente, de joelhos proclama
o seu Nascimento.
É Natal!
A todos desejo um Natal muito Feliz no aconchego dos afectos que possuem.
Até ao próximo.
sábado, outubro 31, 2020
Monólogo em dias de Confinamento...
terça-feira, outubro 13, 2020
Lugar repleto de silencio
quinta-feira, setembro 10, 2020
Ao meio do caderno...
Ao meio das folhas, no meio das vozes
que abrem e cantam a clareira, a corda
de algodão delgada e branca que atravessou
quatro orifícios, quatro furos petrolíferos,
dá o nó e o laço
que seguram as páginas de terra e
formam o caderno. Nas praias imóveis
nas suas ondas quietas, na rugosidade
branca das suas verdes folhas, podes
agora
escrever na leitura o livro
entre ti e mim tecido/entretecido
das sílabas vivas do surdo clamor
do mundo, do vivo enquanto
vivo.
Beija o anel do luar e
do sol: a música do mundo
presa na haste viva que o livro
hasteia branca e vermelha.
(Poema "A meio do Caderno" de Manuel Gusmão)
Pintura de Guido Borelli
quarta-feira, julho 29, 2020
Dança
Pintura de Degas |
que, em noites de lua cheia, havia mulheres nuas
junto às fontes dançando ao ritmo da vertigem
das suas ancas, até de madrugada.
Calavam-se os pássaros e o vento.
Convocavam-se lobisomens e cães negros.
E dizia-se que eram bruxas.
Nunca as vi. Mas sonhei ser uma delas muitas vezes.
in, Caderno de significados, a págs 11
quarta-feira, julho 01, 2020
Gian Franco Pagliaro, na sua própria voz...
segunda-feira, junho 15, 2020
sexta-feira, maio 01, 2020
Graça Pires - O seu novo livro
sábado, abril 25, 2020
AMOR
Vestiram os olhos com as cores da Primavera e sorriram.
Salpicaram os lábios de sol e soltaram palavras doces.
As festas mais importantes fazem-se do lado de dentro da pele. Tal e qual como as viagens.
de, Isabel Pires
quarta-feira, abril 08, 2020
Amor e Outros Crimes em Vias de Perdão
Henri Matisse |