Ao meio das folhas, no meio das vozes
que abrem e cantam a clareira, a corda
de algodão delgada e branca que atravessou
quatro orifícios, quatro furos petrolíferos,
dá o nó e o laço
que seguram as páginas de terra e
formam o caderno. Nas praias imóveis
nas suas ondas quietas, na rugosidade
branca das suas verdes folhas, podes
agora
escrever na leitura o livro
entre ti e mim tecido/entretecido
das sílabas vivas do surdo clamor
do mundo, do vivo enquanto
vivo.
Beija o anel do luar e
do sol: a música do mundo
presa na haste viva que o livro
hasteia branca e vermelha.
(Poema "A meio do Caderno" de Manuel Gusmão)
Pintura de Guido Borelli
14 comentários:
Prazer da leitura.
Bjs, bfds
Boa noite. Obrigado por nos presentear com essa bela leitura.
Foi bom encontrar aqui o Manuel Gusmão, poeta que muito admiro. Obrigada por partilhar, minha querida Amiga.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Poeta e pintura que merecem aplausos. Gostei muito.
Uma visita curta para deixar um agradecimento especial pelo seu comentário e
ler este belo poema aqui divulgado.
Virei mais tarde para ler mais (para trás) e trazer novas...
Um abraço e cuide-se pf
Que linda palavras e gostei da pintura
abraço
Um belo poema!
As páginas de um livro podem conter um mundo oculto ao olhar, mas plenamente visível às emoções!
Um abraço!
A.S.
Um poema lindo
beijo
Passei por aqui. Abraço.
Lindo poema deste poeta que tanto admiro. Muito grata pela partilha.
Um abraço de luz
En un libro un mundo !! hermoso poema, besos.
La pintura es una obra fascinante.
Excelente poema deste Excelente poeta! Parabéns pela bela partilha!
Abraço!
Mário Margaride
Palavras apaixonadas muito bem descritas com esse maravilhoso desconhecido, é uma criação do esplendor de sua alma.
Bom fim de semana amigo, desejo que você esteja bem e sempre muito feliz.
Muitos abraços com carinho
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