David Hoffrichter |
Era o vento.
Era o vento que me empurrava.
Era o vento. Era o vento.
E em seus braços me deitava.
Era o fogo.
Era o fogo das suas mãos que me queimava.
Era a mente.
Era a mente que tudo suportava.
E a raiva. E o medo.
Nos caminhos que caminhava.
Era o mar.
Era o mar em cujas ondas navegava.
Era o mundo.
Era o mundo cuja dor governava.
Era a morte.
Era a morte que por milagre evitava.
Era a vida.
Era a Vida por Amor apetecida.
E era eu.
Era eu que sobrevivia.