Cumprem-se hoje nove anos do falecimento de Sophia de Mello Breyner
Andresen, que nasceu no Porto em 6 de Novembro de 1919 vindo a falecer em
Lisboa em 2 de Julho de 2004 e é, sem dúvida alguma, uma das maiores e mais
eloquentes vozes da poesia portuguesa contemporânea.
Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário
da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.
O seu espírito continua vivo na obra que nos deixou, um espólio imensurável,
marcado por valores como a justiça, a sua grande aproximação com o mar e,
sobretudo, os valores que recebeu da sua infância e juventude onde se ressaltam
valores sociais muito profundos.
A morte não se festeja, é um facto. Mas celebremos o seu
amor pela escrita que perdurará nos tempos como um património imaculado da
Língua Portuguesa.
Sophia de Mello Breyner Andresen |
Quando
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Sophia de Mello Breyner Andresen
11 comentários:
Um verdadeiro poema à vida!...
Bom dia, Otília, façamos jus aos poetas mortos, amemos a vida a todo o momento!
Um abraço, saúde,
António
" A morte não se festeja, é um facto". Diante dessa irreversibilidade, só nos resta aprendermos o belo da vida, enquanto podemos. E preferencialmente agora, já, diante desse magnífico poema, da Sophia, que nos trouxeste!
Deixo um abraço e meu obrigada, pela ida e pelas palavras gentis no meu blog, prazer recebê-la!
;))
Um hino ao espírito do amor que fica enraizado nas palavras partilhadas.
Belo é este momento tão significante.
Um abraço poético
Sérgio Costa
um bom momento poético.
lembrar Sophia é sempre belo assim como são todas as poesias que nos deixou nas suas obras.
um beijo
:)
boa(s) memória(s). as tuas...
sempre.
beijo
Quem pode esquecer Sophia? Um poema tão belo quanto este?
Divinal!
Bji
Uma das minhas poetizas preferidas.
E este poema que escolheste é um dos seus mais belos.
beijinho
Fê
Grata a todos que deixaram uma palavra de homenagem a essa Senhora da Poesia que foi e continuará a ser Sophia de Mello Breyner.
Um abraço
Muito bem lembrado!!
Gostei.
Esta mulher é um Colosso. Digo É! Porque quando se fala Nela. Sophia estará sempre Viva!
João Cardoso
Örebro Suécia
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