Na suavidade da música que, como espuma,
toca a areia mansamente e permanece no ar,
lentamente, espraio o olhar, no momento em
que sinto a brisa do vento o meu corpo beijar.
De coração descalço de sentimentos amorfos
corro através do campo verde da minha alma
que se confunde com a fresca aragem do mar
que domina devagar o meu corpo e me acalma.
Prossigo nas asas do sonho, entre nuvens e terra,
na fragrância que se espraia para lá do impossível,
toca os sentidos da minha memória que se desnuda
na pulcritude etérea do firmamento onde nada e tudo
é possível, (a profundeza do sentimento remanesce),
no exacto momento que o pensamento se pensa mudo.
toca a areia mansamente e permanece no ar,
lentamente, espraio o olhar, no momento em
que sinto a brisa do vento o meu corpo beijar.
De coração descalço de sentimentos amorfos
corro através do campo verde da minha alma
que se confunde com a fresca aragem do mar
que domina devagar o meu corpo e me acalma.
Prossigo nas asas do sonho, entre nuvens e terra,
na fragrância que se espraia para lá do impossível,
toca os sentidos da minha memória que se desnuda
na pulcritude etérea do firmamento onde nada e tudo
é possível, (a profundeza do sentimento remanesce),
no exacto momento que o pensamento se pensa mudo.
(Memórias de mim...)
12 comentários:
Belo soneto; onde todos os ingredientes (sensibilidade, beleza da palavras, ritmo dos versos) se misturam numa harmoniosa concepção poética, indelevelmente notável.
Gostei bastante.
Soneto livre e libertário...
Sem amaras, com a sensibilidade içada no mastro da estética flutuando ao sabor do vento da originalidade...
Enfim, vale a pena vir aqui e saborear a originalidade fresca como a água caindo na cachoeira...
Prossigo nas asas do sonho,
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Um voo imaginário!
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Felicidades.
Manuel
Plenamente de acordo com os meus antecessores.
É sempre um prazer ler-te
se me é permitido dizer estás com uma poesia cada vez mais apurada, já tinha notado isso no outro blogue mas que não me deu acesso a comentar.
Gostei de voltar aqui
Cumprimentos do
Jaime Vasconcelos
Que alegria receber sua visita!
Volte sempre!
Bjs.
belo e profundo...
beijos
poema pleno de imagens referenciais da natureza, como se essa união sensorial entre o "eu" e a natureza (ainda que idealizada) trouxesse ao espírito a serenidade e o despojamento necessários ao pensamento puro. belo.
Prosseguir nas asas do sonho e voar tão alto até perder a sombra...
Um beijo.
MM
Caminhas entre o mar e o sonho... o poeta libertou-se do coração dos minutos!...
BjO´ss
AL
Sonha alto
sem te perderes de vista
ou perde-te
mas só nas asas dos pássaros silvestres
Bj
Um poema lindo, leve, transparente. Apetece continuar e que o poema não acabe nunca...
É curiosa a maneira como brinca com as palavras, como as encadeia de forma tão invulgar.
É sempre um prazê-la relê-la, acompanhá-la e tocar nas palavras em filigranas, em teias tão frágeis que se magoariam se não fossem hábeis as mãos que as tocam.
Um bom feriado.
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