segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Promessa cumprida...

Num comentário no post anterior, o Lourenço Anes diz num tom triste, que o Menina Marota não usava o prémio, que eles lhe tinham dado.


E tinha toda a razão!

E como costumo cumprir as minhas promessas que, por um lapso de memória, não o fiz atempadamente, aqui estou muito carinhosamente, a agradecer não só ao
Calçadão de Quarteira a gentileza desta atribuição, mas a todos os que, com a sua presença e comentários, conseguiram a continuidade deste blogue.

É efectivamente, a todos os que me têm acompanhado, nestes quase cinco anos de blogosfera, (entre o início, do meu primeiro blogue e os que se lhe seguiram…) que agradeço, o carinho e companheirismo, que me têm dedicado.

Sei que não tenho estado presente, nas vossas “casas" como gostaria, mas a Vida é assim mesmo, com altos e baixos, com factos e circunstâncias que, por vezes, nos afasta daquilo que gostamos de fazer.

Apesar de não visitar alguns, não por esquecimento, mas por falta de oportunidade, continuam no meu coração e é para todos, que afinal, esta minha página existe, bem como outras, também...

"Cada pessoa que passa pela nossa vida passa sozinha, mas não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós."

É para todos, que são a razão da existência do Menina Marota, este…



Prémio atribuído por Calçadão de Quarteira



Obrigada a todos


Letra para um Hino
É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros.
Se te apetece dizer não, grita comigo: não!

É possível viver de outro modo.
É possível transformar em arma a tua mão.
É possível viver o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre, livre, livre.


(Poema de Manuel Alegre

 in, "O Canto e as Armas")

11 comentários:

Teresa Durães disse...

parabéns pelo 'ótócolante'. Também não costumo fazer essas cadeias mas não deicxo de cumprimentar

Anónimo disse...

Parabéns por esta nomeação e pelo poema de Manuel Alegre de quem sou admirador!!
Beijo na palma da sua mão
Diogo Lencastre

Manuel Veiga disse...

beijo. parabéns
oportuno o Manuel Alegre!...

Anónimo disse...

Bem atribuido, e muito bem agradecido :))
Beijocas*

Barão da Tróia II disse...

é bem sim senhor. Boa semana

José Leite disse...

É bom vir aqui e saborear o néctar da boa poesia!

Mais uma vez me rendo ao óbvio, ao saber de experiência feito!

Enfim: classe pura!

Um «rouxinol de oiro» aqui deixo, por mérito próprio.

peciscas disse...

Parabéns e que esta distinção possa ser mais um incentivo para continuares por cá.
E felicito-te, igualmente, por recordares esse poema que, na minha juventude, ouvi por diversas vezes, associado aos anseios de liberdade que alguns de nós sentíamos.

Jorge P. Guedes disse...

Os meus Parabéns, ainda que para mim estes "prémios" - de tão exaustivamente repetidos - nada me digam há muito tempo.

Foi bom reler o poema de um Manuel Alegre que gostaria de rever assim, de pé!

Um abraço.
Jorge G.

Meg disse...

Menina Marota,

Para ajudar um pouco a vencer essa melancolia que te sinto, vou fazer uma coisa que NUNCA faço: Não precisas de comentar, mas dá um salto lá a casa, que te vai fazer bem.

E do Manuel Alegre... está tudo dito.

Um abraço

Maria disse...

Muito bem atribuído....
Obrigada pelo poema do Manuel Alegre..

Beijo

Lu disse...

Retribuo a visita.
Adorei o que vi e o que li.

Tenho que vir com muita nais calma.

Parabéns.

Beijinho

Lu