Como se um raio mordesse
meu corpo pêro rosado
e o namorado viesse
ou em vez do namorado
um novilho atravessasse
meus flancos de seda branca
e o trajecto me deixasse
uma açucena na anca
como se eu apenas fosse
o efeito de um feitiço
um astro me desse um couce
e eu não sofresse com isso
como se eu já existisse
antes do sol e da lua
e se a morte me despisse
eu não me sentisse nua
como se deus cá em baixo
fosse um cigano moreno
como se deus fosse macho
e as minhas coxas de feno
como se alguém dos espaços
me desse o nome de flor
ou me deixasse nos braços
este cordeiro de amor
Poema de Natália Correia
16 comentários:
Um poema ternurento. _Que mais poderei dizer?!...
Fica bem.
E a felicidade juntinho de ti.
Manuel
Excelente poema da Natália Correia, para começar muito bem o fim de semana....
Beijo
É bom saber de espíritos como o teu por esta imensa terra. Que não te percas no caminho por que ele escuro.
Beijos respeitosos
Deixa-me responder-te, com palavras da Natália:
Voltei, porque quis, lá dos espaços
Para te dar um nome de flor
Não encontrei nenhum
suficentemente belo,
Digno da tua alma, do teu rosto.
De teus olhos ou dos anéis do teu cabelo…
Então, na luz deste sol-posto,
Aperto-te em meus braços
E deixo apenas…
…um xi-coração de amor…
Bejocas
Ah... e não usas o prémio que te demos... ;(
Nada como passera na web e deparar-se que coisas feitas com tamanho prazer...amei passar por aqui...bjos querida!
Eu que ñ sou poeta como posso ousar comentar Natália Correia?
Que se passa contigo Marota? Procurei-te na outra página e ñ te vi por lá. Eu entro e tu sais? Ñ me lembrava da password mas ao arrumar uma papelada descobri-a e já por lá ando. Volta que estás perdoada!!! Beijocas do aaron
menina linda
encantam-me as tuas escolhas
Natália Corria sempre viva dentro de nós
e tu trazes um seus belos poemas para nos presenteares
deixa que contigo partilhe:
O sol nas noites e o luar nos dias
De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.
Natália Correia
Poesia Completa
o carinho do meu abraço, menina linda
beijinhos para ti muitos
lena
A ternura neste poema da Natália Correia.
tsmbém gostei de revisitar N.C!
A imagem,a calhar. Sempre bom vir aqui
beijo grande
Muito lindo ....
A sexta-feira torna-se Mater nas letras da Natália!...
abraços!
"Como se deus fosse macho
e as minhas coxas de feno".
Belíssimo! Bem ao jeito de Natália Correia.
Um beijo.
Olá Amiga passei aqui e estive a ler o Poema da Natália correia, nunca fui grande apreciadora da poesia dela, mas é um bom poema. Beijinhos para ti
Excelente escolha. Muito bonito.
Um abraço
Participa no blog do Shiuuuuu...
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