sábado, março 15, 2008

Se eu fosse...

A Júlia Moura Lopes resolveu desafiar-me para uma corrente a que adiro com todo o prazer, aproveitando para a felicitar pelo 1º. aniversário do seu blogue.


Se eu fosse um mês, seria Julho, é o mês de meu nascimento.


Se eu fosse um dia da semana, seria domingo de manhã, pela tranquilidade.
Se eu fosse um número, seria o 18. É o meu número de sorte


Se eu fosse uma flor, seria um girassol, a minha flor preferida


Se eu fosse uma direcção, seria… Sul e voltava às minhas origens…


Se eu fosse um móvel, seria uma estante, para estar repleta de livros



Se eu fosse um liquido, seria… água cristalina da mina do meu Avô.



Se eu fosse um pecado, seria… o próprio pecado



Se eu fosse um livro, seria.. de POEMAS, claro!


Se eu fosse uma pedraseria… Jade, por tudo o que ela comporta


Se eu fosse um metal, seria… ouro, porque é o meu metal da sorte


Se eu fosse uma árvore, seria… uma Tília, porque é “quase” o meu nome!


Se eu fosse uma fruta, seria… Morango


Se eu fosse um clima, seria… Tropical!


Se eu fosse um instrumento musical, seria… Piano, em memória da minha Mãe.


Se eu fosse um elemento, seria… água, porque faz muita falta!


Se eu fosse uma cor, seria… azul, cor do mar…



Se eu fosse um animal, seria… gata, meiga ou assanhada, quando fosse preciso...

Se eu fosse um som, seria… o do piano

Se eu fosse uma canção, seria…”What a Wonderful World” de Louis Armstrong

Se eu fosse um perfume, seria o que eu uso… Jean Paul Gaultier

Se eu fosse um sentimento, seria… AMOR, em todas as suas vertentes

Se eu fosse uma comida, seria… Marisco, seja de que forma for!

Se eu fosse uma palavra, seria...VERDADE

Se eu fosse um verbo, seria… Acreditar!

Se eu fosse um objecto, seria…uma bengala



Se eu fosse uma peça de roupa, seria… “ roupa interior”…

Se eu fosse uma parte do corpo, seria… os olhos, são a expressão da alma…

Se eu fosse uma expressão, seria… “O pior cego é o que não quer ver


Se eu fosse um desenho animado, seria… a Mafalda!

Se eu fosse um filme, seriam…todos os Épicos

Se eu fosse uma forma, seria… redonda

Se eu fosse uma estação, seria… Primavera!

Se eu fosse uma frase, seria…” Não faças aos outros, aquilo que não queres que te façam a ti”.



Passo esta cadeia a:

Helena Domingues
Isabel Filipe
Meg
Peciscas
Peter
Wind

quarta-feira, março 12, 2008

Se...

Imagem de  David Lachapelle


Se o luar agora transbordasse
Da lua cheia e num enleio
Sua luz branda me abraçasse
E me fechasse dentro do seio...

Se o sol magnânimo soltasse
Um fio quente do seu cabelo
E no segredo me enrolasse
Do seu dourado novelo...

Se um astro agora me arrebatasse
Na sua luz e de repente
A minha sombra se iluminasse
E caminhasse na minha frente...

Poema de Natália Correia  in, 
Poesia Completa, Dom Quixote, 

a  págs. 133/134

sábado, março 08, 2008

Mulheres...

  
 Como tem acontecido no Dia dedicado à Mulher, preparava-me para o assinalar, com um poema, que tem muito significado para mim, mas desisti da ideia ao receber, por email, a imagem que vos apresento e que cada um avaliará, neste acto de profunda solidariedade...


 Imagem recebida por email


No crepúsculo do vigor
As noites solitárias
Antecedem as ruidosas manhãs
Quando o esquecimento dispersa
O que a memória retém.

Poema onde a voz das palavras
Pesa mais do que o fundo sentido:
Sentenças que não têm olhos
Mas vêem tudo.

Eis o que valem os dizeres.
Eis como expressam pesares e alegrias
Rumo ao sol, pelas nuvens vedado.
És sol, és nuvem, és recordação.
És tudo o que talvez caiba num perdão.


(“Caber no Perdão”, poema de José Miguel Lopes,
in "Seivas de Inquietude", pág.83 -PapiroEditora)



Flores da Annie Hall

A todas as MULHERES...

terça-feira, março 04, 2008

Dança...


Imagem Google


Na alegria do teu olhar,
descubro
um mundo de palavras
por inventar.

Sabes à seiva da terra
e trazes no corpo
doces carícias
que aquecem
meu sangue
transportando-o
para lá do sonho e
da imaginação…


Prenúncio de palavras
que dançam entre nós.

segunda-feira, março 03, 2008

Jeito de escrever

Fotografia de Charles Larson

Não sei que diga.
E a quem o dizer?
Não sei que pense.
Nada jamais soube.

Nem de mim, nem dos outros.
Nem do tempo, do céu e da terra, das coisas...
Seja do que for ou do que fosse.
Não sei que diga, não sei que pense.

Oiço os ralos queixosos, arrastados.
Ralos serão?
Horas da noite.
Noite começada ou adiantada, noite.
Como é bonito escrever!

Com este longo aparo, bonitas as letras e o gesto - o jeito.
Ao acaso, sem âncora, vago no tempo.
No tempo vago...
Ele vago e eu sem amparo.
Piam pássaros, trespassam o luto do espaço, este sereno luto das horas. Mortas!

E por mais não ter que relatar me cerro.
Expressão antiga, epistolar: me cerro.
Tão grato é o velho, inopinado e novo.
Me cerro!

Assim: uma das mãos no papel, dedos fincados,
solta a outra, de pena expectante.
Uma que agarra, a outra que espera...
Ó ilusão!
E tudo acabou, acaba.
Para quê a busca das coisas novas, à toa e à roda?

Silêncio.
Nem pássaros já, noite morta.
Me cerro.
Ó minha derradeira composição! Do não, do nem, do nada, da ausência e solidão.

Da indiferença.
Quero eu que o seja! da indiferença ilimitada.
Noite vasta e contínua, caminha, caminha.
Alonga-te.
A ribeira acordou.



(Poema de Irene Lisboa)