Nos meus cadernos da escola
Na minha carteira nas árvores
Sobre a areia e sobre a neve
Escrevo o teu nome
Em todas as páginas lidas
Em todas as páginas em branco
Pedra sangue papel ou cinza
Escrevo o teu nome
Na selva e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
Na memória da minha infância
Escrevo o teu nome
Em cada raio da aurora
Sobre o mar e sobre os barcos
Na montanha enlouquecida
Escrevo o teu nome
Na saúde recuperada
No perigo desaparecido
Na esperança sem lembranças
Escrevo o teu nome
E pelo poder de uma palavra
a minha vida recomeça
Eu renasci para conhecer-te
Para dizer o teu nome
Liberdade
(Liberté) de Paul Éluard
Imagem de Tomasz Pluciennik |
Moisés
Rabinovici, jornalista brasileiro nos seus textos sobre o pintor pernambucano Cícero
Dias alude a um acto histórico que envolve o poema Liberté de Paul Éluard e que passo a citar:
"Eu Vi Cícero Dias…
por Moisés Rabinovici
(…) Cícero Dias protagonizou uma obra histórica que lhe valeu a medalha azulada estelar da Ordem Nacional do Mérito da França, recebida das mãos do então primeiro-ministro Edouard Balladur, em 1998, na Unesco. A obra foi uma chuva do poema Liberté, de Paul Éluard, disparado por aviões ingleses sobre a Europa ocupada por tropas nazistas, em 1943. “Se os alemães me pegassem, pá!, me matavam” — então ele sorve mais um gole de uísque, empolgado com as lembranças que ainda o deixam orgulhoso. Para começar sua “missão”, ele cortou a primeira e a última palavra-chave escrita na muamba, Liberté. Era um perigo de morte, liberdade. Depois, a salvo, as reescreveria.
O poema ficou guardado dentro de uma mala na prateleira de bagagens vazia de um vagão de trem com refugiados espanhóis e portugueses. Dias sentou-se distante. Se a revistassem, não saberiam a quem pertenceria. Veio a Gestapo. Um soldado lhe pediu o passaporte. Gritou para outro, na frente: “Brasília!” Mas o devolveu. E não revistaram o maleiro. Já na Espanha, um susto: “A polícia quis saber como eu, brasileiro, tinha cruzado a fronteira”. Não havia o que discutir, só lembrar que “o Brasil não está em guerra com a Espanha”. E assim ele chegou a Lisboa, de onde a embaixada britânica despachou o poema direto para o poeta surrealista Roland Penrose, piloto da Royal Air Force, a RAF. Alguns dias depois, caía poesia das nuvens em todo o front europeu. (…)"
Fontes: pesquisa efectuada pela Internet em sites fidedignos.
8 comentários:
MM
uma boa escolha, gostei do poema.
boa semana.
beijo
:)
LIBERDADE!!! Que bela palavra! E quanto representa.
Besos
doce e vibrante palavra - LIBERDADE!
beijo
Paul Éluard. O poema Liberté. Gostei tanto de o ler aqui. A liberdade é um bem que não podemos perder nunca... Obrigada, MM.
Um beijo, minha amiga.
A liberdade é algo precioso.
Abraço
MANUEL
Excelente partilha
Bj
Um grande poema de um grande Poeta.
Gostei de o ler aqui.
Minha querida amiga, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Liberdade sempre!!! Excelente escolha!!!
Beijinho meu...
Enviar um comentário