Um pouco de loucura nunca fez mal a ninguém, dizia
o meu avô.
Ele era uma pessoa extremamente positiva e alegre. Só via o lado bom dos outros e alinhava nas minhas brincadeiras, escondendo, algumas vezes, as traquinices que eu ia fazendo.
A sua imagem está viva
Recordo a sua voz forte mas que se tornava meiga quando falava comigo. Recordo os passeios por Sintra e, acima de tudo, recordo férias passadas na aldeia que me trouxeram o amor pelos animais, pela liberdade da natureza, pelos banhos no rio, pelas tardes calmas quando lia em voz alta ou contava as suas fantásticas histórias de juventude e o seu amor pelos cavalos.
Ou quando lançávamos papagaios de papel na Praia das Maçãs…
Tempos felizes que recordo com um carinho absoluto. Reminiscências de uma época que me parece tão próxima como se o tempo tivesse parado.
Pintura de Jimmy Lawlor
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As palavras são
como gotas de água.
Lentamente,
vão criando
um calmo lago
de recordações
dentro de nós,
transformando-o,
velozmente,
num mar de emoções.
6 comentários:
é tão bom ter essas recordações....
:)
Recordaçõs que emocionam, de
facto.
Gostei da prosa e gostei do poema.
Parabéns à autora.
Espero que prossiga.
C.
As lembranças doces da infância – as pequenas loucuras num estado terno e controlado! Sonho e um pouco de loucura a enaltecer a vida!
Beijinho e abraço, querida Otília Martel!
a delicada beleza da tua poesia....
e das vibrantes emoções de outrora...
que poderá esquecer?
beijo
Maravilhoso....parabéns pela criação e talento!!!
Tudo que respeita a infância é belo. Assim como a bela poesia nos transporta a tempos e vivências imemoriais...
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