A chuva ajuda a apagar o calor da terra e os espíritos mais
incendiários.
O som dela e do piano acalmam-me.
Penso nos momentos descontraídos da minha infância, na terra do pôr-do-sol, com
os seus cheiros, cores e sabores tão especiais.
Lembro os amigos que nunca mais vi. Lembro as mãos que nunca mais apertei.
E lembro o som do casco dos cavalos no mar da "minha" Ilha levantando
gotas pequeninas de chuva que molhavam o cabelo e eu gargalhava feliz
desafiando os outros cavaleiros para uma corrida.
Tão longe e tão perto esses momentos.
Decisões de vida se tomaram e me transportaram a uma realidade outra.
E nessa realidade sobrevivo a cada dia no âmago de destinos que se cruzam mesmo
sem os pedir.
Olhar destinos passados, presentes e futuros, realçando o objectivo e o
subjectivo que eles encerram faz-me desejar não perder as forças e manter-me à
tona do desfecho final.
(desligar a música de fundo para ouvir o vídeo, p.
f.)
10 comentários:
Marotamiga
De repente, descubro-te a comentar no Rosa dos Ventos e decido voltar aqui - por onde várias vezes passei - com a intenção de fazer um comentário. E ele aqui está.
Uma sábia mistura entre o som da chuva e o som do piano acalma-te, dizes. A sábia mistura é minha, mas o seu sentido é teu - e, no fundo, de nós todos.
Excelente texto, excelente música - Tchaikowsky é magnífico, por isso tanto gosto dele - e excelente blogue.
O que eu perdi por não vir aqui mais e mais vezes. Mas, não esperes pela demora: vou voltar; e não juro fazê-lo porque quem mais jura, mais...
Já te sigo e vou colocar-te nos meus BLOGUES MAIS FIXES E como amor com amor se paga...
Qjs = queijinhos = beijinhos (rimam...)
Henrique
Gostei de ler. Nostálgico, musical, sentido. Tchaikovsky - magnífico para acompanhar. Beijinho e abraço, amiga Otília Martel.
Manuela
Concordo com o que foi dito até aqui.
De repente o teu nome ocorreu-me ao ler e-mails antigos e pensei que nunca mais te visitei e apetece-me fazê-lo.
Foste uma lufada de ar fresco na blogosfera e mantens o teu ritmo e a beleza da tua escrita.
Cá estou, não foi difícil de descobrir-te só bastou colocar o nome do blogue no Google e aqui estou a ler-te quase à duas horas.
Parabéns pela tua força, escolhas e beleza que imprimes em tudo.
Bj
Ana Vasconcelos
Olá,
Lindo texto que nos faz compreender que o recordar faz parte de nós e nem sempre é mau.
Abraço
ag
Gosto do som da chuva apenas à noite, a bater na janela. Raras vezes, também num intervalo de Verão.
Bom FDS
Todos os rios correm para o mar
Também eu andei de volta de um Outono que desconforta.
Uma estação que tenho dificuldade em atravessar. Talvez mais ainda por saber que a ela se segue o Inverno. Irremediável.
Os livros, a música, me aliviam...
Muito bom voltar a lê-la no meu espaço!
Suponho que pertencemos ao grupo das pioneiras na arte de blogar!
Boa semana!
Abraço
Eu também gosto de sentir a chuva...
Um bom texto e um bom vídeo.
Gostei dos dois.
Bj.
Irene Alves
por vezes a chuva ... aviva-nos as recordações...
:)
Cada dia, cada hora, cada minuto que passa...é especial.
Saudações.
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