Àquela hora o sono tomava conta de mim sem sonho que
acordasse o próprio sono.
Porque não penso. Não quero pensar.
Deixo-me embalar pelo sono e lá permaneço imóvel porque
já nada tenho a esperar.
A ternura não me assusta. Ou assusta, nem sei. Muitas vezes
comove-me quando a sinto infinita e verdadeira, mas sim, assusto-me como
pássaro ferido em que o mais leve ruído do vento o intimida e o faz levantar
voo.
Não quero pensar.
Só quero estar.
Aqui, quieta, no meu canto.
Não deixar que nada me abale, me toque, destrua a minha alma.
E permanecer fiel a mim. Só a mim. E penso:
Não estás só. Nunca estarás. Tens o pó das estrelas e a
música que acompanha a tua alma.
Ah... e as palavras que escreves e te libertam.
(desligar a música de fundo, p.f. para ouvir o vídeo)
9 comentários:
Belo o seu poema.
Obrigada por nos trazer este vídeo fabuloso e que vozes extraordinárias!
Gostei imenso de a visitar.
Abraço
Muito ternurenta esta prosa, como a vontade de não pensar, o deleite das palavras, a lealdade da própria alma!
Beijinho
a ternura nas palavras exactas....
:)
Expressão dum sentir de inquietude na solidão, um estado algo hipnótico, na busca do eu. Gosto.
Aquele abraço amigo
belíssima expressão de uma alma sensível. e vibrátil...
beijo
Notáveis, o teu bom gosto e a
tua sensibilidade-
Bem hajas por seres como és.
Bjinho
C.
Grata a todos pela presença e palavras.
É um estímulo para quem escreve e partilha do seu sentir o pulsar de uma opinião amável e construtiva.
Grata por isso.
Um abraço
Foi um prazer enorme descobrir nas minhas pesquisas este blog. Voltarei.
Abraço
Palavras e música fabulosas! Continuas em ALTA minha amiga. Parabéns!!
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