sexta-feira, maio 13, 2011

Manuel António Pina é o vencedor do Prémio Camões 2011.


Há muito que sigo os passos de Manuel António Pina na escrita. Esta crónica e este poema publicados em épocas alternadas nos meus blogues são uma pequeníssima amostra da imensidade da sua obra e que eu já divulguei, igualmente, noutros locais.

O Prémio Camões é o maior prémio literário de língua portuguesa e foi atribuído por unanimidade por um júri constituído por seis elementos num tempo de atribuição record, já que a decisão, ao cabo de pouco mais de meia hora, foi consensual.


Parabéns, Manuel António Pina!




O Pássaro da Cabeça

Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça
que canta na tua garganta
canta onde lhe apeteça

Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
mesmo as que julgas que não

Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada

E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão

E ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.

(Poema de
Manuel António Pina
in "Carta a um jovem antes de ser Poeta")



Art de Youji Takeshige

8 comentários:

arte por um canudo 2 disse...

Parabéns ao Poeta, escrito, cronista, Manuel António Pinho pelo seu mérito.Para ti, feliz regresso.Bjs

Anónimo disse...

Uma boa notícia finalmente.
Bjsss

Graça Pires disse...

Parabéns ao poeta manuel António Pinho por ser o vencedor do Prémio Camões 2011.
Beijos MM

. intemporal . disse...

.

.

. dão.se alvíssaras às silabas que assim são poema .

. sempre . de parabéns .

. um beijo meu .

.

.

Anónimo disse...

Ora aqui está uma boa notícia que nos honra a todos afinal.
Parabéns ao poeta e a ti Menina porque nos continuas a mostrar poesia assim que gosto muito.
Um abração do
Joaquim Manuel Alenquer

Daniel Aladiah disse...

Querida Otília
A literatura foi premiada, um poeta foi premiado, um português foi premiado... ninguém estava na avenida...
Um beijo
Daniel

Manuel Veiga disse...

excelente e merecida homenagem
admirador confesso de M.A. Pina, como poeta e cronista.

beijos

Elvira Carvalho disse...

Confesso a minha ignorância relativamente à obra deste autor. Este poema foi a primeira coisa que li dele.
Espero em breve poder colmatar esta falha.
Um abraço