Pintura de Cristiane Campos
Nada direi de ti,
nem um só pensamento.
Num assomo, lentamente,
meu peito desgasta-se de palavras
que se repetem textualmente
pacientes, de toda a matéria que
se pressente para lá do que se não vê,
nem se imagina.
Entreaberto, como uma janela, meu coração
vislumbra o ocaso, em fragrâncias
de pétalas por entre caminhos
etéreos percorridos de mão em mão.
Sou quem sou.
Nesta forma de ser
não há espaço para intervalos
passeados entre os sentimentos
de olhos que nada vislumbram
nas profundezas da alma.
Rasgo meus sentidos e
abro a janela de sensações flóreas
para lá de todos os laivos de vida
que se sentem nas marés perdidas.
Hoje nada direi de ti.
Porque as palavras estão caladas
sossegadas, no fundo da alma,
e aí permanecerão.
nem um só pensamento.
Num assomo, lentamente,
meu peito desgasta-se de palavras
que se repetem textualmente
pacientes, de toda a matéria que
se pressente para lá do que se não vê,
nem se imagina.
Entreaberto, como uma janela, meu coração
vislumbra o ocaso, em fragrâncias
de pétalas por entre caminhos
etéreos percorridos de mão em mão.
Sou quem sou.
Nesta forma de ser
não há espaço para intervalos
passeados entre os sentimentos
de olhos que nada vislumbram
nas profundezas da alma.
Rasgo meus sentidos e
abro a janela de sensações flóreas
para lá de todos os laivos de vida
que se sentem nas marés perdidas.
Hoje nada direi de ti.
Porque as palavras estão caladas
sossegadas, no fundo da alma,
e aí permanecerão.
31 comentários:
Suberbo poema, sentido e soberba pintura a condizer :) Jorge
Gostei muito.
Um abraço.
"Nada direi de ti"
E disse tudo com as palavras caladas, rigorosamente sentidas.
Poque é quem é. Belíssimo, o poema, MM. Um grande beijo.
o teu poema é um cair de sentires guardados...
está muito bem construído.
fica um beij
Li e reli o que nada queres dizer. O som desta música calma, o relembrar da tua voz associada às palavras que aqui deixas… que momento!
O buscar de calma para uma alma inquieta, gasta de emoções negativas e que aqui, a espaços, encontra um pouco da paz que almeja.
Vénia e beijo.
A pouco e pouco retorno a um mundo que deixei há tempos. Breve, muito breve, voltarei.
As tuas palavras tão sentidas!!!!
Que mais posso dizer-te? AMO a tua poesia!! AMO!
Beijão da
SU (não esqueci o dvd mas emprestei-o a uma amiga. Magnifica a voz dele)
kiss kiss
0_0
... e logo hoje que gostava de ouvir de si qualquer coisa. Sou um infeliz.
lp (repare bem, o famoso lp!)
Só o lp para me fazer rir!
Eu sei a música que quer... e vou colocá-la em sua honra... mas não é para virar "discos pedidos," está bem? Porque então não consigo sair do pc... ;)
Grata pela presença e já agora agradeço igualmente a TODOS, os comentários que têm deixado mesmo durante a minha ausência.
Um abraço carinhoso
Foi tão bom, chegar aqui e ver que voltaste a escrever....a postar...a partilhares os teus poemas lindos...a sentir a tua presença no meu dizendo...tenho saudades de ti conchinha!
Gostei imenso deste.
Jhs muitos
lindo poema. Parabens .
Muito bom teu blog.
Gostei daqui.
Maurizio
E quem assim é...
:)
Belo o teu poema, menina!
Depois de algum tempo, é bom voltar a ler tudo aquilo que tão bem escreves.
"Sou quem sou" vem da verdade... e do sentir, também!
e aí permanecerão, bem no fundo da tua alma, amiga.
mas como aquilo que permanece, voa pelos prados, elas voam e florescem para quem as apanhar!
um grande abraço
jorge vicente
Mais uma belissima composição poética!
Respiram-se as palavras entre si
como sombras perdidas do que não dissemos...
estamos por dentro das palavras,
dizendo-nos, de facto, quem somos!
Beijos...
não precisas de dizer...
abraço MM
O silêncio
fala mais alto
Que delicia
bonito
a vida precisa e nós lá vamos acrescentando
DELÍRIO
A flor maravilhosa dos teus lábios
oferecendo-se voluptuosa
à fremência dos meus beijos;
A tua voz ciciada
Sugerindo lânguidos desmaios;
A carícia deliciosa da tua mão
Percorrendo,
leve,
os contornos do meu rosto,
Desfraldaram nos meus sentidos
a bandeira rubra dos desejos
que dificilmente pude conter.
E senti,
oomo só tu poderias fazer-me sentir,
no mais íntimo do meu ser,
uma impaciência febril
a exigir que o meu corpo
se fundisse logo ali com o teu.
E que ambos, como um só,
vivessemos enlouquecidos
em êxtases de delírio,
Vibrações de cristal,
hinos de luz,
aleluias de cor
espirais de prazer
Num turbilhão caleidocópico,
num vórtice de loucura
onde,
deliciosamente,
nos deixássemos afundar para sempre
Menina Marota,
Depois de ler mais este teu poema, sou eu que digo que as palavras ficam caladas perante tanta beleza.
O teu blog é um lenitivo para a alma, Menina...
Bom fim de semana.
Um abraço
Lindíssimo...
Gosto da poesia que aqui se escreve. Por isso venho cá de vez em quando.
Mas gosto também dos comentários: parecem-me uma teia urdida de subentendidos onde se escondem segredos, interesses e recados....
João Sadino
Olá, desculpa a ausência, mas...
este é cá para baixo mas para o próximo mês será ai em cima no Guarany, mas aqui fica se por acaso por aqui estiveres:
A Fronteira do Caos Editores e o autor convidam Vossa Excelência para a sessão de lançamento do livro, O Ladrão de Livros da autoria de Carlos J. Barros, a ter lugar no próximo dia 25 de Abril pelas 18 horas, na Livraria Alêtheia. A apresentação pública do livro será da responsabilidade de Paulino Coelho.
Beijo grande
muuuiiito bom!
parabéns!
Ser quem é... as palavras sossegadas...
O silêncio como resposta...
Adorei
Somos uma nova editora interessada em talentos poéticos com o alto valor do conteúdo que apresenta nas suas páginas por isso permitimo-nos enviar-lhe um email de condições que espero possa ler porque não é brincadeira. Os nossos emails estão a ser devolvidos por esse motivo resolvemos hazer aqui uma nota explicativa.
Cumprimentos,
A.Rocha
Sermos nós mesmos nem sempre é facil. Talvez por isso eu dê um enorme valor a quem se consegue sempre mostrar como realmente é, sem qualquer tipo de subterfugios.
Bjs.
Com estes poemas de Camões bom fim de semana, vou lendo e alimentando mi alma com todos os seus poemas ,uma beleza. beij.
A.H.
Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
Ligeiro, ingrato, vão desconhecido,
Sem falta lhe terá bem merecido
Que lhe seja cruel ou rigoroso.
Amor é brando, é doce, e é piedoso.
Quem o contrário diz não seja crido;
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens, e inda aos Deuses, odioso.
Se males faz Amor em mim se vêem;
Em mim mostrando todo o seu rigor,
Ao mundo quis mostrar quanto podia.
Mas todas suas iras são de Amor;
Todos os seus males são um bem,
Que eu por todo outro bem não trocaria.
Luís de Camões
Obrigada, Menina Marota, também lhe desejo um EXCELENTE 25 de ABRIL:)
Beijinhos com o sol radioso desta manhã,
Isabel
Poema muito bonito, Menina, poucas palavras e muito a dizer, numa sonoridade permanente, marca de quem sabe escrever. Vou pô-lo no meu blogue. Posso? Já pus! :)
bj
Mei
ser o ser
... em silêncio.
Belo poema!
Enviar um comentário