segunda-feira, novembro 27, 2006

O Candeeiro...

Tudo começou por uma brincadeira…ao ler um desafio no blogue do Rui Diniz …quem quisesse, enviava uma imagem inspiradora e ele fazia um poema…
Punha-se a questão… que imagem haveria de lhe enviar, quando… o meu olhar bateu no candeeiro… corri a buscar a máquina e zás… “agora vou ver qual a inspiração dele” e um sorriso maroto bailou em mim…
Surpreendam-se… não é que o "rapaz" se inspirou mesmo no meu…

Candeeiro


É à luz do candeeiro na tua sala
que encontro o resguardo
da minha própria sombra.
Perdia-me na minha noite,
vagabundo, derrubado, derrotado,
renegado pela minha concepção de mim,
ainda que a mim imposta...
Sempre tive escolha e não escolhi.
Sempre tive na minha mão
a segurança de que o Mundo
é outro e não este;
de que o véu é um véu
e não o escuro fundo
de uma existência funesta.

É à luz do candeeiro dos teus sonhos
que descubro,
enquanto a nossa carne se fricciona,
que a Alma afinal redescobre-se
a cada orgasmo,
pelo poder das feromonas que acciona
em nós, o entusiasmo de estar vivo.

Podia continuar perdido mas encontrei-te;
e contigo nesta sala das nossas noites
descobri o dia de sol que sempre quís ver;
rebolei nas concepções de amor e Amor
e nunca me pediste que voltasse
aos teus braços, nunca!
Nunca pediste que nos soldasse num compromisso...

E é isso que faz com que permaneça
o Desejo que nos mantém quentes,
noite após noite,
sem esperança,
nem vontade,
que amanheça...

(Poema de Rui Diniz in A Corte d'El-Rei)

27 comentários:

kiss me disse...

ó menina vá lá ler o meu, pode ser que goste d'algum práqui;)

Anónimo disse...

Ai o malandro do Rui Dinis!!! A inspirar-se no candeeiro da nossa Menina Marota!!! Afinal quem é o Maroto??? Não tou a gostar nada disto!!!
ZE

Maria Carvalho disse...

Ora bem!! Uma maravilha de poema!! Adorei!! Beijos.

Anónimo disse...

Olá Menina...Marota. Sou um leitor habitual -embora não muito assíduo - deste cantinho,ou seja, desde o meu início das andanças na net com outro blog da sapo. Já lá vai mais de ano e meio. Confesso que nunca me deu para comentar, talvez em função do próprio blog que era - e ainda é - temático. Hoje e através deste decidi deixar umas palavras. Não preciso de muitos adjectivos, pois o espaço e a forma como é gerido diz tudo, mas devo confessar que me agrada. Cá voltarei, comentando ou não, porque eu gosto de visitar os lugares que me possam "dizer" alguma coisa quer pelo visual, quer pelo conteúdo. Obrigado pela atenção, até sempre.

Páginas Soltas disse...

Que belo poema!!
Inspirado pela fotografia de um candeeiro!

Que GRANDE POETA!!

Os meus Parabens!

Beijosss...á menina_marota!
Bjs.........ao Dinis (poeta)!

Maria

aavozaida disse...

Que marotice, Menina_Marota, aquela de juntar os meus três poemas(zinhos)! Mas que homenagem mais linda aos meus netos! A lágrima chegou-me ao canto do olho…

Parece-me que ficou fã de Acácio de Paiva. Eu sou.
-
A Minha Neta

Tens um mês de nascida _ e eu tantos, tantos
Que nem posso contar! Endoidecia!
Quantos mais te verei, minha Maria
Constança, filha do meu filho? Quantos?

Chegarás tu a conhecer-me um dia?
Terás paciência para ler os cantos
(Teu pai que os mostre aos teus olhitos santos…)
Onde eu tentava uns longes de poesia?

No berço ainda, não me compreendes…
Viverei até ver-te mulherzinha?
Até que fales? Brinques? Deus o sabe!

Com teus dedos, no entanto, já me prendes
E na palma, que é nada ao pé da minha
Meu coração já largamente cabe!

Acácio de Paiva
-
Um beijinho para si
Zaida
ps:
Fui ver os seus “meninos”. Lindos! O Tareco é um encanto. Faz lembrar o meu Risquinhos.

Era uma vez um Girassol disse...

Huuummm...e que poema!
Lindo, delicado, sensual...
Como é possível?Que dom para escrever poesia, parabéns ao Rui Diniz!
A ti, Marota, que és mesmo, está visto...convido-te para a festa do girassol: o primeiro ano de vida!
Beijinhos

david santos disse...

Olá!
Lindo blog, bons textos e bom ambiente.
Sinceramente, gostei.
Parbéns.

Anónimo disse...

mt bom desafio, belo poem :) mas eu so me lembrei dakela cena do Vasco santana no "patio das cantigas" :s ai esta mnh cabeça heheheehhe

Olga disse...

Lindo!
Se ele faz isto com um candeeiro...imaginem com dois!!! :)

Fragmentos Betty Martins disse...

Olá Menina Marota

Excelente poeta!

Belíssimo poema- cheio de encanto e luz

Beijinhos com carinho
Bom resto de semana

MAH-TRETAS disse...

Não é a ironizar ,mas que poema não sairia com o farol da Foz.

Gostei do poema é belo.


AH

Bia disse...

Bem belo poema! O que um candeeiro pode fazer... mas uma coisa é certa quem escreveu este poema é uma pessoa linda e eu concordo plenamente quando diz que
"Nunca pediste que nos soldasse num compromisso E é isso que faz com que permaneça", onde não é obrigatório estar, ficar, é onde se fica apenas porque estamos bem e apenas queremos ficar e continuar...
beijokas
ADOREI!!!

as velas ardem ate ao fim disse...

Está muito bonito!

(adoro esta musica)


Bjinhos

Anónimo disse...

Mas que musica...linda e envolvente!bjs annie hall do outsider

Anónimo disse...

Tens um candeeiro todo janota ;-)

Beijinho Grande Amiga !

Anónimo disse...

É mesmo um dos poemas do Rui de que mais tenho gostado. O rapaz é uma máquina. Mas também, diga-se, o candeeiro e a dona são inspiradores
Gostei
bjs
António

APC disse...

Bolas, como está bonito!!!
Fiquei francamente fascinada! Sem dúvida que tem uma inspiração fora de série, e a qualidade é de invejar.
"Sempre tive escolha e não escolhi"... E depois aquele grand final!...
E tu (ó dona e fotógrafa do candeeiro); que és uma marota desacatadora e excelsa mediadora de sentimentos e artes, isso sabemos sobejamente. Só que também sabemos que és uma belíssima criadora, e eu não sei (pronto, "sei" - mas "não sei"!) porque não nos mostras a grande menina que há por detrás dos candeeiros! (Pronto, disse!).
Ah!... Antes que me vá embora, deixa-me dizer-te também o quão aprazível tem sido para mim encontrar-te a cada esquina ou praça das nossas virtualidades! Bastante! Um grande abraço!

Spiritus Lupus disse...

....



Sob a luz do teu Candeeiro, ouço
a música linda que escolhes-te e nela viajo.

Percorro meu passado a sonhar acordado,
com lembranças que me fazem viver.

Sob a luz do teu Candeeiro, ouvindo essa música, sigo caminhos antigos repleto de ilusões, que hoje já não existem mais.

Sob a luz do teu Candeeiro,
com essa música, percebo que tudo acabou, só restando a saudade de um tempo, que enfim passou...

Poema maravilhoso,
Linda fotografia,
Música belíssima,

Bjits.

João Filipe Ferreira disse...

muito bonito:)
inspiração é coisa que não falta:)
beijinhooooooo

Anónimo disse...

ficou o maximo, mt bem. parabens
bjs

Peter disse...

Belíssimo poema. Bem sentido.

Anónimo disse...

Olá Menina,

Sem dúvida uma belissima inspiração.
Um excelente poema que acabo de ler.

Um beijo
{{coral}}

Anónimo disse...

;) Gostei marota

Delfim Peixoto disse...

Lindo e ... penso que com Astor Piazzola a acompanhar(?)
bjs ( mudei de casa....outra vez.... pfffff o blogger está a deiludir-me!)
Jnhs doces

Anónimo disse...

Bonito recanto.
Boa fotografia.
João

Amita disse...

Simplesmente Lindo!
Adorei.
Um bjinho, amiga linda e tudo de bom para ti


Cá para nós, estou a ver que hoje não saio daqui.... quem me mandou ausentar-me(?????) :)