Imagem de Olga Sinclair
Quero dizer-te uma coisa simples:a tua ausência dói-me.
Refiro-me a essa dor que não magoa, que se limita à alma;
mas que não deixa, por isso,
de deixar alguns sinais -
um peso nos olhos, no lugar da tua imagem, e um vazio nas mãos.
Como se as tuas mãos lhes tivessem roubado o tacto.
São estas as formas do amor,
podia dizer-te; e acrescentar que as coisas simples
também podem ser complicadas,
quando nos damos conta da diferença entre
o sonho e a realidade.
Porém, é o sonho que me traz a tua memória;
e a realidade aproxima-me de ti,
agora que os dias correm mais depressa,
e as palavras ficam presas numa refracção de instantes,
quando a tua voz me chama de dentro de mim -
e me faz responder-te uma coisa simples,
como dizer que a tua ausência me dói.
Poema de Nuno Júdice
Quero dizer-te uma coisa simples:a tua ausência dói-me.
Refiro-me a essa dor que não magoa, que se limita à alma;
mas que não deixa, por isso,
de deixar alguns sinais -
um peso nos olhos, no lugar da tua imagem, e um vazio nas mãos.
Como se as tuas mãos lhes tivessem roubado o tacto.
São estas as formas do amor,
podia dizer-te; e acrescentar que as coisas simples
também podem ser complicadas,
quando nos damos conta da diferença entre
o sonho e a realidade.
Porém, é o sonho que me traz a tua memória;
e a realidade aproxima-me de ti,
agora que os dias correm mais depressa,
e as palavras ficam presas numa refracção de instantes,
quando a tua voz me chama de dentro de mim -
e me faz responder-te uma coisa simples,
como dizer que a tua ausência me dói.
Poema de Nuno Júdice
26 comentários:
Muito obrigada pelas palavras que deixaste no meu Sítio. O prazer é meu. Pela partilha da Poesia nos vamos encontrando. Quanto à tua publicação de hoje é ficar a olhar, a ler... atentamente, saborosamente.
Beijinho.
Bem, o poema é lindissimo, o quadro também. E a música, bem a musica do melhor.
Será que este espaço vai voltar aquele brilho que o caracterizava????onde estão as tuas memórias nina???onde está aquela forma apaixonada de escreveres??? tenho saudades das loucuras que aqui encontrava e me faziam correr pela manhazinha para aqui!!!
como diz ali alguém esta musica é do melhor!!!!
abraçosss e beijosssss
Antonio
Olá amiga,
os poemas e as imagens que aqui publicas são do melhor e são uma demonstração do bom gosto que possuis.. Deixo um beijo com sabor a maresia e cheiro a S. Martinho
Belissimo poema. e Belissima a imagem que escolheste para o ilustrar.
Beijos
Tudo lindo, imagem e poema.
O único medo que tenho na vida, a ausência...
Beijinhos
Gostei da imagem e senti no poema a dor da ausência que apenas o tempo e por vezes MUITO, apaga do sentir mas não da memória.
Bjs
TD
... as palavras e a música de braço dado! Belo!
Abraço.
Um poema muito belo. Gosto de encontrar quem fale sobre ausência desta forma tão simples e verdadeira. Música linda.
Beijos
Muito bonito! O pior é que muitas vezes também existe a dor da ausência de lugares que nos são familiares e de que sentimos falta.
Uma bela escolha.
Nuno Júdice é um dos poetas mais dados aos poemas do amor simples, de ausência, e dor.
A imagem bem enquadrada, assim como a música. No fundo um belissimo conjunto com muita qualidade.
Um beijo
{{coral}}
A ausência mais do que dói: mata.
Não gosto particularmente do Júdice, mas admito que este pode ser um dos melhores poemas dele.
Regressei..
Beijos
Particularmente feliz este poema de Júdice. Pela forma "limpa" como fala de ausência. Gostei de (re)ler. **
A ausência é sempre sentida
perda, amor ou dor
coração, pena ou temor
acompanha a nossa vida querida.
Inexlicavelmente algo desaparece
nosso espírito e íntimo entristece
voz, atitude, pensamento empobrece
porque um amigo jamais cresce.
Tudo está harmoniosamente conjugado, a suavidade, a sonoridade, a riqueza e a intensidade da beleza do Poema, acompanhado por uma ilustração perfeita.
Um abraço com carinho e amizade.
Continua o teu bom desempenho.
Parabens pela trilogia das artes: Escrita, Pintura e Musica.
Parabens, parabens e parabens.
JB
Assino o que já foi dito:boa ligação entre os elementos que dão corpo a este post.
A ausência dói mesmo demais!!! Beijos para ti e bom fim de semana.
Belo poema, a doer ... muito bonito.
Um beijo*
Especial, esse poema de Nuno Júdice, que me acompanha sempre no bolso da memória e cujo início tem a força de mil homens sentindo-o... Porque "é isso mesmo", tão simplemente o mais complicado de de se sentir... Essa dor!
O quadro, esse é um deleite para os olhos, com a força e a fragilidade que acompanham todas as relações (e as ausências também).
Respiro quando aqui venho, sabes?
E deixo-te um grande abraço! :-)
Bom dia de S. Martinho
kisses
:)
Uma postagem cheia de envolvimentos.
Passei pra desejar bom fim de semana.
Abração em vc menina :-))
bonito, sem dúvida
Nuno Júdice é um poeta que leio sempre com agrado. Gosto da música.
Como vai o blog recem-nascido? Inclui-o nos links do Peter's.
Bom Domingo
Fiquei encantada com teu blog.
adorei este texto poderiasd mandar-me uma cópia?
Adorei este poema e fiquei curiosa de conhecer mais poemas deste poeta. Bjs
Minha doce amiga.Amei este poema do Júdice.Tomo a liberdade de lhe pedir k me o faça chegar....Posso esperar?Aceite a minha cumplicidade.
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