Docemente, alinho palavras
na entretecida canção de sal e água.
Por vezes, ao seu redor
esvoaçam picos, formas de pássaros,
coloridos alinhavos sob um fogo encantado
Olho-os na voz do silêncio desfolhado.
Se por vezes sinto em acalmia a brasa,
outras, estremeço pelo vazio
gritante que clama a inconsistência,
a lenta perdição da mente
pelo deserto de inconstância desperto
que da chama nada entende
nem da verdade
Quisera ser aroma em flor de letras e,
gota a gota, elaborar a palavra em falta
quando cada verso de dor e treva
transforma em dúctil manto
essa voz de pranto e mágoa
Às vezes, vibrante, penso
silenciar o remoinho do espaço
e sorrindo docemente espalho
no fogo, o sal, a água
da eterna estrada em cascata
Poema de Fátima Fernandes (Amita) in "Transparência de Ser"
na entretecida canção de sal e água.
Por vezes, ao seu redor
esvoaçam picos, formas de pássaros,
coloridos alinhavos sob um fogo encantado
Olho-os na voz do silêncio desfolhado.
Se por vezes sinto em acalmia a brasa,
outras, estremeço pelo vazio
gritante que clama a inconsistência,
a lenta perdição da mente
pelo deserto de inconstância desperto
que da chama nada entende
nem da verdade
Quisera ser aroma em flor de letras e,
gota a gota, elaborar a palavra em falta
quando cada verso de dor e treva
transforma em dúctil manto
essa voz de pranto e mágoa
Às vezes, vibrante, penso
silenciar o remoinho do espaço
e sorrindo docemente espalho
no fogo, o sal, a água
da eterna estrada em cascata
Poema de Fátima Fernandes (Amita) in "Transparência de Ser"