sábado, dezembro 30, 2017

A TODOS DESEJO



Com um abraço de carinho
Otília Martel

8 comentários:

Teresa Durães disse...

Tantos anos por aqui, prende-se a necessidade de partilhar. Mais um ano que passa, mais um para todos os que passaram. Bom ano, recordando os que já não estão connosco e seguiram o caminho misterioso que a todos cabe. E a nós que estamos, seja mais um caminho para onde temos de ir. Em liberdade.

SOLIDARIEDADE disse...

Que se perpetue não só em quantidade mas em uma qualidade em viver em paz, prosperidade e bem estar para o maior número possível de nossos irmãos em todo esse sofrido mundo.
Feliz 2018 e até a próxima.

Graça Pires disse...

Que 2018 lhe traga tudo o que mais deseja na companhia de todos os que ama e dos que a amam. Sou sua Amiga.
Um beijo.

Ana Tapadas disse...

Muita saúde!

Beijo meu

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

OM

que este ano seja um Ano Feliz e cheio de prosperidades
e cheio de inspiração!
Obrigada!

beijinhos

:)

Jaime Portela disse...

Um bom ano também para ti.
Amiga Otília, um bom fim de semana.
Beijo.

O Profeta disse...

Já desenhei um corpo no lugar vazio do amor
Prisioneiro da inocência absurda do querer
Já sonhei com barcos sem mar
Já falei pelos olhos do ultimo sobrevivente
Já percorri o dia do encontro dos desencantados
Para te amar...
Caminheiro, caminhante sobre a espuma
Olhando por uma janela violentamente transparente
Abrindo uma passagem secreta
Para o universo das palavras simples
Sopram os ventos
Para içarmos velas
No céu uma lua feiticeira
Sabes?!
És um Ser de amor e luz
Até os teus olhos são feitos de luz
“ As estrelas fizeram os teus olhos para se verem a si próprias”
Escrevo na branca imensidão de uma folha branca o que Deus quiser
Na simplicidade do sorriso de uma flor
O teu nome

O primeiro nome de uma mulher...

doce beijo

Rui disse...

(escrito em 2013) Puta de vida!

Para que ela voltasse ele decidiu fazer tudo o que pudesse excepto, claro, falar com ela pedindo-lhe – eventualmente implorando-lhe - para voltar.

Fez cenas voodoo, escreveu poesia tão sentida quanto má ao ponto de ninguém a ter lido, por confusão, miopia ou alcoolismo declarou-se a uma tipa de alterne, chegou até a fazer sacrifícios de monossílabos ao Douro, lançando palavras em contracorrente… mas nada.

Ela limitava-se a mirar o mar mas não a ele, ela esperava a vida num outro século que não este, saudava até o senhor da pedra mas não aquele, cantava todas as estrelas extintas, toda a maresia – mas nunca as do presente. Por isso, para ela ele havia deixado de existir – havia passado a “recordação número 27” -, pelo que se limitava a abraçar as palavras optando, desse modo, pela segurança de não amar e apenas sobreviver à conta de sons, encontros de poesia, reuniões de família e obrigações conjugais.

(“É mais calmo e não dá bronca” - citando e não concordando, claro. Adiante. Claro – mais uma vez.)

Enquanto passeava o cão pelas ruas antes que fosse a hora sempre exacta e certa de fazer o almoço sentiu um estranho frio na brisa. Sentiu falta nas mãos. Saudade nos lábios. Tristeza no riso. Então lembrou-o, enquanto as lágrimas que o coração vertia, lentamente se espalhavam pelas suas veias.

O cão fez o que tinha a fazer. Ela recolheu.

(Puta de vida!)