Quem me dera que fôssemos, amor,
pássaros brancos sobre a espuma do mar!
Cansarmo-nos da chama do meteoro
antes de ele fugir e se extinguir;
E a chama da estrela azul do crepúsculo,
suspensa sobre a orla do céu,
Despertou nos nossos corações, amor,
uma tristeza que não pode morrer.
Humedecido de orvalho chega o desengano
daqueles que sonharam o lírio e a rosa;
Oh, não sonhes com eles, amor,
a chama do meteoro que passa,
Ou a chama da estrela azul que se detém suspensa
na queda do orvalho,
Pois que bom que era que fossemos pássaros brancos
sobre a espuma errante: eu e tu!
Estou assombrado por inúmeras ilhas
e muitas praias de Danann
Onde o tempo certamente nos esqueceria
e a Tristeza não mais se aproximaria de nós;
Em breve estaríamos longe da rosa e do lírio
e seríamos consumidos pelas chamas,
Se ao menos fôssemos pássaros brancos, amor,
flutuando na espuma do mar!
William Butler Yeats
in, Poemas de Amor
a págs. 62/63
7 comentários:
Um belo poema de um poeta que desconhecia. Obrigada pela partilha.
Abraço
Não sou grande amante de poesia.
Yates é um das excepções dessa regra.
Olá!
Esse é um belo poema. Gosto muito das poesias de W. B. Yeats; dele tenho apenas um livro:Poemas de B Yeats". Sobre a vida e a obra do poeta escrevi, há algum tempo, tem outro blog, caso tenhas interesse envio o link dessa postagem referida.
Um abraço.
Pedro
Gosto tanto deste poema de Yeats! Quem me dera ter escrito um poema assim...
Uma boa semana, minha Amiga.
Um beijo.
lindo...amei...
Li o tema mais encima e fiquei a pensar.
Que a vida continue como desejas apesar de tudo.
Bjs
MAIS UMA EXCELENTE ESCOLHA! _OBRIGADA!
ABRACINHO MINHA AMIGA!
Sabina.
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