sexta-feira, maio 28, 2010

Convite

Aquando da apresentação do seu livro “Madrugada sem Fronteiras” referi aqui que Albino Santos dispensava apresentações.

A sua Poesia fala por si.


No próximo dia 5 de Junho, (sábado) pelas 18,00 horas, terá lugar a sessão de lançamento do seu mais recente livro “A Evocação do teu Nome”, no Clube Literário do Porto (Rua Nova da Alfândega, 22 - Porto)

SINOPSE

Diz Otília Martel, que prefaciou a obra, citando palavras do autor:

"Vou desfraldar as velas. Estou de partida para uma viagem à volta de mim"

Na verdade este conjunto de poemas é uma viagem à metafórica exploração dos nossos sentidos e mistérios. Uma janela aberta sobre a memória, um espelho que fixa para sempre, projectando momentos únicos de intimidade.



É URGENTE


É urgente abrir novos caminhos
Acender novas estrelas
Descobrir novos horizontes
Inventar outras cores
Penetrar outros espaços
Abrir fendas no tempo

É urgente quebrar o silêncio
e, passo a passo, habitar outras noites.

É urgente criar novos versos
Pensar novas metáforas
Buscar novas forças
Inventar novas artes
e partir sem medo e sem demora
para onde nasce o sonho
e, de novo, esculpir a vida.


Albino Santos


Dia 5 contamos consigo!

quinta-feira, maio 20, 2010

- Voar e respirar -

Pintura de Graciela Bello


Neste tango que danço
sentindo o corpo
ao sabor da música
que toca a canção de todos
os tempos.

Segura de meus passos
- movimento
respiração
sorriso
inspiração -
nas ondas do mar
permaneço.

No corpo, os sentidos.
Nos lábios, o gosto
nunca adormecido,
de um beijo perfeito
recebido e jamais
esquecido.

É a razão da alma
que anima
e faz a diferença;
coerência que domina
dá-nos a ciência
de não amar
o fio de uma teia
de aranha.

Oásis de ternura
- voar e respirar -
neste tango que danço.

sexta-feira, maio 07, 2010

O Adeus a uma AMIGA

Toda a partida é dolorosa, mas mais dolorosa se torna quando é a de alguém que nos é querido.

A imagem que apresento era a marca de perfil de Helena Domingues, (a Nucha como carinhosamente os Amigos a tratavam) nos seus Blogues Orion, Para Lá de...Procyon e Shoshana no Céu e na Terra.

Esta é a minha homenagem a uma Amiga muito querida, que permanecerá para sempre no meu coração.

Obrigada Nucha, pela tua Amizade.




O impulso inicial que as águas primordiais nos ofertam permite-nos,(simples humanos, de poeira de estrelas fabricados), atingir de novo o Infinito, de onde viemos.

É longa a Caminhada.

São muitas as Provas pelas quais temos que passar.

Despojando-nos de tudo, segurando apenas a Pedra que vive em nós, e é a nossa Alma. Cuidando-a, burilando-a.

Caindo e levantando-nos de novo, transformamo-nos no Ser.

Um Ser, em constante demanda da Luz , da Perfeição e da Paz.

No início vemos apenas a luz bruxuleante da vela. Contudo, ela guiar-nos-á à verdadeira Luz do Saber Antigo


Até Sempre, Nucha

segunda-feira, maio 03, 2010

Em mês de Aniversário...

Cinco anos.

Cinco anos se passaram desde que vinda de um outro blogue, cujo servidor já não satisfazia os meus anseios de postagens, convosco partilhei uma parte das minhas alegrias e tristezas.

Aqui, neste espaço, simbolizei muitas vezes o afecto e amizade que dedicava a cada um de vós.

Aqui, neste espaço, comungaram todos os intervenientes do berço dos meus afectos e das minhas partilhas.

Reportando-me às palavras referidas aquando do segundo aniversário, num texto que vos dedicava, nada se transmutou no meu coração não obstante os interregnos que têm acontecido mas que não me fazem esquecer-vos.

Cinco anos… é também o tempo que o
Eternamente Menina II, um espaço que me é tão especial, cumpre exactamente no dia 19 de Maio.

Óleo de Jacqueline Nibelle


Sabes, leitor, que estamos ambos na mesma página
E aproveito o facto de teres chegado agora
Para te explicar como vejo o crescer de uma magnólia.
A magnólia cresce na terra que pisas — podes pensar
Que te digo alguma coisa não necessária, mas podia ter-te dito, acredita,
Que a magnólia te cresce como um livro entre as mãos. Ou melhor,
Que a magnólia — e essa é a verdade — cresce sempre
Apesar de nós.
Esta raiz para a palavra que ela lançou no poema
Pode bem significar que no ramo que ficar desse lado
A flor que se abrir é já um pouco de ti. E a flor que te estendo,
Mesmo que a recuses
Nunca a poderei conhecer, nem jamais, por muito que a ame,
A colherei.

A magnólia estende contra a minha escrita a tua sombra
E eu toco na sombra da magnólia como se pegasse na tua mão


Daniel Faria, in Dos Líquidos


Uma palavra a todos porque são a razão da minha existência aqui…


Obrigada