quinta-feira, outubro 25, 2007

Crianças...Direitos iguais?

“Se a alma que sente e faz conhece
Só porque lembra o que esqueceu,
Vivemos, raça, porque houvesse
Memória em nós do instinto teu.

Nação porque reincarnaste,
Povo porque ressuscitou
Ou tu, ou o de que eras a haste -
Assim se Portugal formou.

Teu ser é como aquela fria
Luz que precede a madrugada,
E é já o ir a haver o dia
Na antemanhã, confuso nada.”


Foi por mero acaso que me detive neste poema da “Mensagem”, de Fernando Pessoa… que abri em busca de um pouco de leitura.

É um poema dedicado a Viriato, o Grande Chefe dos Lusitanos, um simples pastor de Hermínius (actual Serra da Estrela), que se bateu defendendo o território Lusitano… ocorrendo-me o pensamento de como mudaram ao longo dos anos, o sentimento de patriotismo, aquela garra que os nossos antepassados tinham a defender Portugal.

Tenho evitado ao longo destes meses falar dos acontecimentos que marcaram o Verão, no Algarve. Não vou especular sobre o assunto e, muito menos, dizer qual o meu pensamento sobre a matéria.

Criou-se um “circo” mediático em torno de acontecimentos, que infelizmente, não eram uma surpresa em Portugal, nem no resto do Mundo...

Tanta criança portuguesa já desapareceu, caindo infelizmente no esquecimento de muitos, especialmente daqueles que agora deram cobertura aos súbditos de sua Majestade…

O desaparecimento de uma criança, seja qual for a sua procedência, raça ou idade, é sempre um triste acontecimento, mas confesso que este caso já me está a causar um certo mal-estar, especialmente por todos os seus antecedentes, que foi desde terem denegrido a imagem dos nossos investigadores, até à demissão do coordenador da PJ de Portimão.

Afinal, acusar, humilhar, vilipendiar os portugueses, não deu descontentamento àqueles que deveriam defender o bom nome português…o contrário é que deu… e o que sinceramente me intriga, é que desaparecendo milhares de crianças por ano em Inglaterra, inclusive já depois do desaparecimento da pequena Madeleine, soube-se que:
“Mais de 800 crianças e jovens desapareceram no Reino Unido desde o dia 3 de Maio, quando foi reportado o desaparecimento de Madeleine McCann. Este número foi divulgado pelos responsáveis da linha de apoio National Missing Person's Helpline, que vieram a público chamar a atenção para a diferença de tratamento, em termos de cobertura mediática, atenção popular e importância dada por "notáveis", entre esses casos e o da menina que a polícia portuguesa crê ter sido raptada do apartamento de férias dos pais no The Ocean Club da algarvia Praia da Luz. “ [ Fonte: Diário de Notícias]

O que me leva a perguntar:
Não são todas as crianças iguais?
Onde se inclui então o princípio fundamental dos direitos das Crianças, que na sua Declaração Universal nos diz que… “Toda a Criança tem Direito à Igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade”?

Porque dar a uma, um tratamento especial em desfavor de todas as outras? Porquê esta procura de mediatização, tão diferente no tratamento dado a tantas outras crianças desaparecidas?

BASTA! Apetece-me dizer a todas as televisões, a todos os jornais e revistas, que só servem para fomentar a mediatização já não do desaparecimento da criança, mas a dos pais, a tentarem convencer de uma inocência que talvez não tenham, em todo este processo.

38 comentários:

Manuel Veiga disse...

compreendo o teu grito de indignação. mas algumas crianças são mais iguais que outras...

beijo

Anónimo disse...

Desculpem o que vou dizer mas já mete nojo tanta choradeira quando afinal nem sequer foram procurar a criança nem os os pais nem os amigos que tinham estado nos copos com eles!!
Se fosse uma criança portuguesa a desaparecer em qualquer lado de Inglaterra será que eles fariam a mesma coisa? nem cá o fazem!
É preciso muita coragem para falar deste assunto nestes termos depois de o próprio procurador ter denunciado as escutas ao telefone dele.

José C. Antunes

José Leite disse...

Este caso mete nojo realmente. Tanto mediatismo cheira a esturro!...

Peter disse...

O "caso" teve desde o início uma forte componente política ao mais alto nível.
Nada a fazer.

P.S. - Vou voltar a colocar o blog "Poesia portuguesa" nos "links" do "Peter's". Julguei que tinha terminado.

amigona avó e a neta princesa disse...

Infelizmente não são todas iguais...Deixei-te um miminho no meu canto! Beijo...

Unknown disse...

Infelizmente tens toda a razão.

Bom fim de semana.

Bjnhs

ZezinhoMota

Santa disse...

Querida,

Estou em trânsito. Mais perto de Portugal agora. Muito aflita pois enfrentarei um prova. rsss

Um beijo.

Anónimo disse...

Uma música tão doce, que escolheste para um assunto que se está a tornar um circo autentico! Não acredito na sinceridade dos pais da menina desaparecida. Não tenho filhos, mas se meus sobrinhos desaparecessem misteriosanente de casa, toda a minha rua e todos meus amigos iriam logo loucos procurá-los.

beijinhos do Ademar

Anónimo disse...

«A amizade é a fronteira mágica que nos une, um lugar infinito de silêncio, palavras, expressões, gestos, às vezes sorrimos, outras choramos, mas nunca morremos no coração de quem se lembra de nós»

Transcrito dum belo escrito que li no blog "MARESIA MAR" cuja autora felicito pelo belo artigo, feito de tão pura poesia;
e a quem apresento as minhas desculpas pela ousadia do "roubo"

aminhapele disse...

Tens toda a razão!
Basta de circo!
Será que a Maddie existiu?!

Alba disse...

Pois, todo este caso tem características de "história mal contada". O que distingue o casal McCann dos restantes pais de crianças desaparecidas (partindo do princípio de que são inocentes até prova em contrário) é o seu capital político e o enorme investimento que tiveram possibilidade de empreender.
No meio de tudo isto temos assistido a atitudes de muita sobranceria e hostilidade face ao nosso país. E isso é tão injusto! Sobretudo se nos lembrarmos da mágoa, tão desamparada, da mãe do Rui Pedro, por exemplo.
Muito pertinente este teu post.
Bom fim de semana.

Anónimo disse...

Realmente é de lamentar que haja um circo mediático em torno de uma única criança que na verdade, é como tantas outras que desapareceram. Mas não acho que isso justifique algumas reacções contra este caso e mais propriamente contra a própria criança que, acima de tudo, precisa da nossa ajuda - e não que nos deixemos levar pelas nossas fúrias (mesmo que justificadas) contra a mediatização e atitude das autoridades inglesas. Não confundamos as lutas, e não tornemos a Maddie o alvo das nossas frustrações.


~Diogo Ribeiro.

Odele Souza disse...

Também me pergunto porque não se dá o mesmo tratamento "VIP" a todas as outras crianças desaparecidas. Todas deveriam merecer a mesma atenção, o mesmo interesse, a mesma visibilidade.

Um abraço.

Daniel Aladiah disse...

Querida Menina
É uma triste realidade.
Um beijo
Daniel

António disse...

Minha querida amiga!
Este é tão somente um dos milhentos casos que poderíamos ir buscar para comprovar o poder desmedido que tem a informação (e, pior ainda, a desinformação).
Mas é uma caracaterística das democracias actuais.
Um dia, esta situação mudará: para melhor? para pior? quando? como?
Não sei!

Beijinhos

Anónimo disse...

Estive recentemente em Londres e pude constatar da animosidade que existia contra Portugal mas que presentemente estão a tomar outro rumo.

Uma falta de coragem política, a demição de Gonçalo Amaral pelas críticas que o mesmo prestou ao trabalho da polícia inglesa em declarações ao Diário de Notícias.

Mais uma vez Portugal cai de joelhos...

Muito pertinente estas tuas palavras, confirmando mais uma vez que a coragem das Mulheres Portuguesas é um olhar crítico e oportuno perante o que se passa de mau e intolerado neste País.
Bjs do aaron

Anónimo disse...

Nem sempre funciona a máxima "todos diferentes todos iguais".
É difícil ser criança...é difícil (e cada vez mais) viver neste mundo/selva.

Bichodeconta disse...

O josé antunes já disse tudo.. Para que dar ás pessoas mais importancia do que a que realmente merecem...

Ana disse...

Basta mesmo :(

Carla disse...

Gargalhadas aterradoras soam no ar, andam por ai bruxas a enfeitiçar
Bruxedos, encantos, magias…
Cuidado!!! Não se deixem apanhar!!!!
(`“•.¸(`“•.¸ ¸.•“´) ¸.•“´)
♥ HAPPY HALLOWEEN ♥
(¸.•“´(¸.•“´ `“•.¸)`“ •.¸)

A Feiticeira do Fantasy
www.fotosdanadir.blogspot.com
--
O Feitiço do Just Feelings
www.ridanfeelings.blogspot.com

De Amor e de Terra disse...

Olá minha querida Menina Marota, boa noite; acabada de sair da hibernação, deparo-me com este teu post, muito pertinente.
Neste mundo actual, igualdade é coisa difícil; sei que sempre o foi, mas creio que o será mais hoje, nalguns casos por razões diferentes, porém com igual ou maior ímpeto!
É urgente que saibamos AMAR!!!

Beijos

Maria Mamede

Anónimo disse...

Sinceramente já não sei que mais dizer a este respeito... creio que um dia (e espero que seja para breve), quando se descobrir a verdade verdadinha sobre esta menina, aqueles senhores da informação británica, e não só, tenham a humildade de se retratarem sobre o que de insidioso disseram sobre as autoridades portuguesas!

E mais não sei que dizer...

Beijinho Menina Marota...

Manuel Veiga disse...

beijos

Barão da Tróia II disse...

Tens toda a razão. A propósito de mediatização e de gente cretina vai ao sítio do Daily Mirror e lâ coluna do Tony Parsons datada de 29 de Outubro. Boa semana.

Ana Loura disse...

Nada a crescentar.

Beijo

Kalinka disse...

OLÁ MENINA MAROTA
Como sei que vive no norte, este recado pode ser útil, quem sabe?

Para os Amigos bloguistas que me visitam, segue a informação adicional:
O Festival vai até ao dia 1º de Dezembro;o encerramento é neste dia, é representada a peça da casa: A Farsa de Mestre Pathelin - encenada por Manuel Ramos Costa, dirigida a um público adulto.
Quem viver no Norte do País e estiver interessado é só visitar o site:
www.contactovar.com

BEIJITOS.
Hoje tirei umas horitas para fazer uma visita, pois ando atrasadissima com as visitas aos blogues dos Amigos.

Madalena disse...

Lendo o teu texto, que aplaudo totalmente, só me ocorre a frase conhecida "há uns mais iguais ue outros".
Raio de gente a apodrecer no lodo a esquecer a história e a desdenhar futuros !

Bjs, Menina.

aminhapele disse...

Vê a postagem do PEDECABRA "As Crianças".O video foi considerado "o melhor do ano".
Um abraço.

Era uma vez um Girassol disse...

Há presentes africanos para a minha tribo de girassóis...
Que escolhes, Marota?
Beijinhos

APC disse...

Algo geral, sobre de tudo um pouco, de entre o post, os comentários e aquilo de que se fala:

Bom... Não foram "os ingleses" que "disseram mal dos portugueses", mas alguns e certos deles, sobre algumas coisas nossas em concreto. Há que saber quem, o quê e porquê (até porque o primeiro tratamento de uma crítica, é a sua análise), e, mesmo que errada esteja a opinião, perceber que pode ter sido influenciada e deturpada, que pode não ser geral, e que o inverso também poderia acontecer, ou não fôssemos nós um povo que também adora falar mal dos outros, e de tudo quanto conhece mal, agoirando e atraindo "sangue", preferindo (no fundo) ter razão que esperança, e assistir à condenação dos pais ao invés da salvação da criança.

Se atendermos ao facto de que, para fazer o negócio que é o seu, a comunicação social terá exercido um imenso efeito manipulador, com consequências de inverdade para todo o lado e mais algum, talvez não fosse de todo mau perguntarmo-nos até que ponto é que aquilo que "ouvimos dizer" ou que "lemos aqui e ali" é fiel à verdade dos factos. Se não sabemos, assumimos.
Bem sei que assim ficamos com pouco ou nada, e que isso nos é muito desconfortável. Mas é assim mesmo que deve ser, a menos que sejamos os investigadores desta história ou algum dos elementos directamente implicados. Sentimo-nos próximos, o que é compreensível; é o assunto que nos toca cá por dentro. Mas perder o controlo e atear fogueiras não aproveita a nada nem a ninguém, e mostra apenas que o tempo da caça às bruxas ainda não vai longe, e que há um longo caminho a percorrer até podermos comungar de um mínimo denominador comum de rigor analítico, ética e justiça.
Há que saber esperar. Nós nada sabemos! E as revistas sabem disso. E sabem também que conseguem, por elas mesmas, produzir vítimas e criminosos logo pela manhã, para lermos ao café.
No final disto tudo - se final houver -, quando a coisa já não vender tanto, aí mais facilmente saberemos, de fonte segura, quem disse o quê sobre quem e porquê. E, numas coisas ou noutras, ora mais ora menos, todos nós, à nossa maneira, nos descobriremos errados. E nem isso importa alguma coisa, quando está em causa o desaparecimento de uma criança!

Por fim, não vejo nada de suspeito no facto de uma família com posses e conhecimentos os investir (e aos mais que se lhe ofereçam) para encontrar um filho que (com ou sem incúria dos próprios) lhes haja desaparecido. Isso, eu faria também! Creio bem que não haveria o que eu não fizesse! Compadecer-me-ia, como me compadeço, com o facto do mesmo não ter sido feito por tantos outros no passado, e pela suspeita de que talvez não voltasse a acontecer no futuro; mas, garantidamente, não desistiria. E não seria por isso que iria merecer a raiva dos outros, pois só estaria a fazer o que quaisquer outros pais fariam.

Sobre o tema, só me ocorre expressar o que expressei. Não tenho mesmo mais nenhuma opinião.

E agora deixa-me pedir-te desculpa se acaso as palavras parecerem cruas (não é, de todo, a minha intenção - é porque é terrivelmente duro, o caso em apreço), e dizer-te que aqui vim porque ver-te lá no meu cantinho serviu para lembrar as imensas saudades que eu tinha disto tudo: de passear pelo teu blog, de ler os teus escritos, de te ver! :-)

Talvez eu não tenha "acertado" no post (lol), mas tenho a certezinha de que me perdoarás! ;-)

Um grande e sincero beijinho!*

José M. Barbosa disse...

Belíssimo.
Volto e volto.
Um abraço.
Z.

H. Sousa disse...

Plenamente de acordo, o caso foi transformado em dinheiro.
Beijos

Anónimo disse...

bem verdade mas a culpa é de todos nós que compramos os jornais, as revistas, paramos em frente à TV quando as imagens passam, nós somos os maiores consumidores da desgraça alheia, nós os que debitamos logo de imediato a nossa opinião e que devoramos todas e quaisquer noticias que surjam sobre o assunto... se não fossemos nós, talvez este dito circo nunca tivesse tido a proporção que teve e claro que os média sabem aproveitar isso e bem ... mal da miuda que desapareceu, essa e tantas outras é que tiveram a pior das sortes e infelizmente há muito pouco que possamos fazer a não ser estar atentos aos nosssos e ao que nos rodeia ... quem sabe um dia a verdade, q ue eu duvido, não seja descoberta ...

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

O direito à indignação é o último direito que nos assiste quando já perdemos todos os outros.

Ocorreu uma situação triste este Verão no Algarve. Desapareceu uma criança.

Numa terra de fatalismos ficamos tolhidos de inépcia e com os sentimentos exacerbados. E, graças ao complexo do colonizado, ficámos também transidos de pavor: a criança era estrangeira e logo veio desaparecer em Portugal. O que vão "eles" pensar de nós?

Quem se tramou foi a Judite, entalada entre os papparazzi e o tradicional secretismo da política de "mare nostrum". Pode dizer-se que a bófia foi presa por ter cão e por não ter cão. Não tinha, mas veio a ter os que lhe foram emprestados pelos colegas ingleses.

Os ingleses são mau carácter por constituição, a história prova-o. Poucos povos gostam deles e nós temos razões seculares para os odiar. Não estou a referir-me à brutalidade e boçalidade da working class nos estádios de futebol. Não estou a referir-me ao turista caracol e pé-descalço, às velhinhas reformadas e à middle class das nossas relações, igual à middle class de todas as nações. Estou a falar das suas bárbaras élites, das cabeças coroadas, dos barões das "Corporation", dos corsários e ladrões que enxameiam a turma dos poderosos, com os seus políticos de pacotilha, os seus funcionários omnipoderosos, os seus media de intoxicação. Só diferem das nossas no nosso bacoquismo e subserviência e na incomensurável distância dos respectivos poderes. As nossa élites chegam ao Papa e à Cúria, como quem vende as pontes sobre o tejo, e dá a lua de borla, aos cowboys americanos, isto é, ficando a dever umas onçitas de oiro durante séculos, sem juros e descontada a inflação. A trapaça anglo-saxónica é pura intriga palaciana que a igreja romana corrige quando dá pelo logro. Movendo-se bem, os poderosos manobram. Todas as jogadas inglesas, têm sido inteligentemente urdidas, com verdadeiro sentido de estratégia.

A arte dos ingleses é o cálculo do risco. Mas em Portugal os cálculos saíram errados.

- Em Portugal, apesar de ser um dos países mais seguros do mundo, até ver, não se aceita que pais responsáveis deixem crianças abandonadas. O português é inteligente a ponto de perceber que a negligência não causa o crime, mas facilita-o.
- As polícias portuguesa e inglesa parecem ter neste caso um comportamento exemplar: trabalham e cooperam fazendo ouvidos moucos às atoardas da imprensa. Está por provar a incompetência da polícia portuguesa, mas já se provou a da inglesa no caso da execução pública do cidadão brasileiro.
- Nossos eurodeputados lá fizeram das tripas coração e mancomunaram-se para repudiar a vileza do (euro?)deputado britânico.
- A procissão ainda vai no adro...

Todos gostávamos de ser deus para conhecer a "verdade". Infelizmente, esse pó tranquilizante não existe e vamos ter que nos conformar com as provas aduzidas e o veredicto da última instância,

Se calhar nunca saberemos, sequer, se houve crime. Os poderosos conseguem-no. Não é preciso ser inglês para o conseguir, basta ser poderoso. Não o conseguiram e vão continuar a conseguir os portugueses no caso Casa Pia?

Esse é outro caso. Num povo de brandos costumes não há morte violenta. Mas permite-se que as vítimas sofram de morte lenta nos intrincados processos judiciais.

Aqui como lá, os poderosos têm um estatuto privilegiado - o "habeas corpus".

Fossem as famílias uns desgraçados quaisquer...

Apenas teria ocorrido uma situação triste este Verão no Algarve. Desaparecera uma criança.

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

Voltei atrás para retornar ao ponto em que a Menina começou: também gosto muito de Pessoa, o suficiente para lhe criticar as argoladas que cometeu, uma das quais, que gostaria de citar, ocorre precisamente na Mensagem.

"Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?

Volve a nós teu rosto sério,
Princesa d santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!"

"Madrinha de Portugal"? Uma Lencastre? O que é isto?

Voto para que "outra vez conquistemos a Distância - Do mar ou outra, mas que seja nossa!"

maresia_mar disse...

Olá
o teu grito de indignação é também o meu..infelizmente há uns mais iguais que outros, nem para todos se usa o mesmo peso e medida, confesso que já estou farta deste tema, do diz que não diz. blá blá blá...
Bjhs e bom fds

Pong disse...

Pong apoia. Pong achar correcta indignação. Pong achar que bonito. Pong. E às vezes também ping. Mas só às vezes.

Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! disse...

menina,


voltei, depois de uma ausencia ao teu lindo espaço, já era um dos que mais gostava... voltei um pouco para ver o que não vi, enterneceu-me os posts dos slides...

sobre o que falas, o caso da menina inglesa, é a primeira vez, que abordo este assunto aqui na blogoesfera, na minha opinião, se já é dificil resolver casos, que aparentemente parecem simples...imagina, quando se mete política e muito dinheiro!

Às vezes por falta de dinheiro a justiça é lenta... o excesso, por vezes, leva os casos, para onde os querem levar...

duvido que se venha a saber a verdade, a posição mais cómoda, para todos os intervenientes... é o rapto, sem resgate? porquê? nunca vamos saber...

tal como, quando uma pessoa aparece morta, a situação que menos embaraça toda a gente e fica logo ali resolvida, para não levantar muita poeira...é o suicidio...

mas... a entrega total e incondicional de certa mãe, vai fazer levantar alguma dessa poeira, muito em breve...

Muitos beijinhos e desculpa divagar...